Apenas uma senha
Quando o olhar
Com a miséria se habituar
E a indiferença
De sua alma se apossar.
Quando a dor alheia
Como num quadro
For apenas uma paisagem feia.
E sem esforço anormal
Somente demontrar
A banalidade do mal.
Quando todo o consumo
Servir a reuniões
Em casas fechadas
Criando fronteiras
Em regaços de ilusões.
Neste dia,
Mesmo que em aparente alegria
Tardiamente não notarás
Que deixaste de existir.
Não restará nem diadema,
Serás parte de um sistema.
Sem presente nem futuro
Até seu passado
Num canto ficará.
Neste dia
Nem teus passos conhecerás
Serás aquilo
Que escolheram para ti.
Apenas uma marca,
Uma senha de cartão.