O OLHO
Esse tal de olho comprido,
Olho gordo, olho grande
Faz o que quer, quando quer
Sem precisar que lhe mande
Ta dentro de todos nós
Incubado em cada ser
E não precisa de incentivo
Para o danado nascer
Daí por diante é um abraço
Destrói tudo que enxerga
E ate estrutura de aço
O poder do olho enverga
Não tem reza, nem mandinga
Que seja mais poderosa
Que o olho, força que ataca
Friamente, e tenebrosa
O olho quando nos pega
Juro não é brincadeira
Mata um vivente a mingua
E seca pé de pimenteira
O pior dos olhos, é o olho
Que se disfarça em bondade
Pois gruda e destrói a gente
Sorrindo sem ter piedade
Um outro olho potente
É o tal de olho caseiro
Que vem a nós, nos amigos
Nos parentes, e parceiros
É um olho que nos cativa
por nossa necessidade
E nos seca sem percebermos
Na maior naturalidade
E o olho é tão sorrateiro
Que às vezes, nem notamos
O quanto nos manipula
E quanto mal nós causamos
Por meras coisas tão fúteis
O tal olho nós libertamos
Causando grandes estragos
Até em quem mais amamos
Porque o olho é a maior praga
Que existe na humanidade
Pois não tem coisa pior
Ou que cause tanta maldade