O OLHO

Esse tal de olho comprido,

Olho gordo, olho grande

Faz o que quer, quando quer

Sem precisar que lhe mande

Ta dentro de todos nós

Incubado em cada ser

E não precisa de incentivo

Para o danado nascer

Daí por diante é um abraço

Destrói tudo que enxerga

E ate estrutura de aço

O poder do olho enverga

Não tem reza, nem mandinga

Que seja mais poderosa

Que o olho, força que ataca

Friamente, e tenebrosa

O olho quando nos pega

Juro não é brincadeira

Mata um vivente a mingua

E seca pé de pimenteira

O pior dos olhos, é o olho

Que se disfarça em bondade

Pois gruda e destrói a gente

Sorrindo sem ter piedade

Um outro olho potente

É o tal de olho caseiro

Que vem a nós, nos amigos

Nos parentes, e parceiros

É um olho que nos cativa

por nossa necessidade

E nos seca sem percebermos

Na maior naturalidade

E o olho é tão sorrateiro

Que às vezes, nem notamos

O quanto nos manipula

E quanto mal nós causamos

Por meras coisas tão fúteis

O tal olho nós libertamos

Causando grandes estragos

Até em quem mais amamos

Porque o olho é a maior praga

Que existe na humanidade

Pois não tem coisa pior

Ou que cause tanta maldade

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 10/09/2012
Código do texto: T3874882
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