África distante
Reis negros
Vendiam seus irmãos
Aos brancos
Reis negros
No alto de sua majestade
Perdiam a liberdade dentro
Do navio negreiro
Nas espumas das ondas
Sumiam as brumas e sonhos
Da terra áfrica
Na lama
Afundavam as feridas
Sombrias da fome
Negros em majestade
Adornados de grilhões
Arrastavam seu corpo
E preservavam a alma
Nas lamúrias cantadas
E ritmadas
Por estranha percussão
Ao monte do cais
A última parada
O último lamento
Filhos, irmãos, compadres,
Amigos
Separados
Leiloados nos mercados
Esquartejadas tribos
Se desfacelavam
Em pó, morte e escravidão.
Trevas profundas
Esquecimentos, torturas e
Humilhação.
reis negros , príncipe de ébano
dentes brancos, músculos tesos
nos ombros
a saga de vir da escravidão a
redenção.