África distante

Reis negros

Vendiam seus irmãos

Aos brancos

Reis negros

No alto de sua majestade

Perdiam a liberdade dentro

Do navio negreiro

Nas espumas das ondas

Sumiam as brumas e sonhos

Da terra áfrica

Na lama

Afundavam as feridas

Sombrias da fome

Negros em majestade

Adornados de grilhões

Arrastavam seu corpo

E preservavam a alma

Nas lamúrias cantadas

E ritmadas

Por estranha percussão

Ao monte do cais

A última parada

O último lamento

Filhos, irmãos, compadres,

Amigos

Separados

Leiloados nos mercados

Esquartejadas tribos

Se desfacelavam

Em pó, morte e escravidão.

Trevas profundas

Esquecimentos, torturas e

Humilhação.

reis negros , príncipe de ébano

dentes brancos, músculos tesos

nos ombros

a saga de vir da escravidão a

redenção.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 20/02/2007
Reeditado em 20/02/2007
Código do texto: T387350
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