NÓ DESTINO
NÓ DESTINO
As terras, os olhos, a fronte;
As mãos, os ombros, o destino;
Insistindo em encarar o horizonte;
Rachados, queimados, distorcidos.
A columbídea, a patela, a pelanca;
O pelanco, a temporal, a anca;
Cismado que das cinzas verde arranca;
Migram, mostram-se, escondem-se.
A vida, a forma, o homem;
A história, a prosa, a fome;
A pirraçar que a vontade dome;
Extinguem, deformam, consomem.
Mas a fé, a simpatia e a graça,
A alegria movida à cachaça,
Em beber todo o fel da taça,
Insiste, cisma e pirraça.