NEM CHIBATAS, NEM CHIBATADAS!

Cordas em pontas de varas

Que feriram um corpo Santo,

Que delibaram de Teu sangue

Com a crueldade estampada

Em expressões macambúzias,

Daqueles homens ordenados!

Mais de mil, milhões talvez

De chibatadas

Que cortaram o dorso,

De um corpo, um homem

De intensa grandeza...

Um homem puro,

De imensa nobreza!

Assim maltrataram,

E machucaram o sublime de coração

Que em Teus ombros feridos,

Tua própria cruz, levaste...

Pobres diabos!

Em Tua cabeça de fidalgo,

Uma coroa feita de espinhos...

Em Teu corpo cansado,

Pontas de sabres

Que a Ti agrediram!

O povo bom lamentou,

Quantas chibatadas...

Sem porque, e sem razão!

O Divino Manto Sagrado,

Contraíste de Tua face

O suor misturado ao sangue...

Expostos, as injustiças dos homens!

Um Rei crucificado!

Um filho sacrificado,

Que ao cego, fez enxergar...

Que ao aleijado, novamente fez andar...

E ao enfermo, só Ele pode curar!

Da tua miséria,

Ele também pode te safar,

Sem que tuas mãos peçam por mendigar...

Vieste Senhor ao mundo,

Somente para nos salvar!

Destes tolos e miseráveis,

Estes hipócritas

Que amargam nossas vidas,

Com o poder em suas mãos!

São bárbaros assassinos do próprio espírito,

Como crostas espalhadas em grãos...

Set-1986

Autor: Valter Pio dos Santos

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 01/09/2012
Reeditado em 01/09/2012
Código do texto: T3860379
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