A fronteira de papel
A fronteira de papel
Desde o surgimento do dinheiro
Para substituir outros pertences
Para a troca seu valor convence
Utilidade igual no mundo inteiro.
A ilusão atinge a terceiros
Fronteiras sociais ele vence
Seus problemas causam suspense
Mesmo sendo algo passageiro.
A fronteira de papel
Ilusória e desigual
Sem os bens lá do céu.
Valorização fora do normal
Como se fosse doce de mel
Um valor que só faz mal.
Fronteira que não permite o médio
Ou seja, quando não se está tão mal
For possível atingir o ideal
Para livrar a situação do tédio.
Objeto que não visa à igualdade
Alimenta fortemente o desejo
Que, cego por prazeres não vejo
Instiga fortemente a vaidade.
Aquilo que satisfaz a necessidade
Para seu erro, não existe um “revejo”
Some tão rápido como um lampejo
E se esquece da bela sociedade.
A mesma que não faz a passagem
Morre junto com o templo
Só a alma completa a viagem.
Esta faz juramento
Purifica-se de sua imagem
Confessa no arrependimento.
A fronteira que não leva a Deus
Pois, cria Dele não é
Esta do homem, pois é
Aquele que o mundo já morreu.
Marcel 05-07-08