Real Tormento*
hoje a tarde ergue-se.
o silêncio e a solidão
em torno
de mim
se juntaram
o céu
véu de renda cinza
encobre
meu caminhar
nuvens que passais
deixai o povo trabalhar!
que vida
ele irá vivendo
tragando
da sede
o sangue;
real tormento
de quem trabalha
e morre
refém da corrupção
que pelo poder
impunimente corre.
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Alzira Paiva Tavares
Olinda 21/08/2012