PEDRAS PRECIOSAS
No dia a dia sob olhares vigilantes,
Elas passam despercebidas e invisíveis.
São mudas ou perderam a voz?
Nenhuma coisa nem outra,
Estão ocultas porque são
Apenas, mulheres.
Ali não são almas gêmeas,
Nem tão pouco conselheiras.
Não podem mostrar o sorriso,
Nem ser cúmplices ou companheiras.
Uma e duas... Quatro e cinco.
Entram sorrateiras,
Sedentas ou famintas,
Buscam com ânsia as letras
Tirando o véu que aperta,
Machuca, sufoca.
Inocentes, brilhantes,
Pedras brutas ou diamantes.
Mostram o rosto
Quais rosas em fileiras.
Abraçam o que lhes é negado:
Voar por entre as páginas
Que transpassam as fronteiras.
Ter acesso a instrução
É dever no mundo inteiro?
Porém, ainda há lugar,
Que condena o livreiro!
20/08/12