PEDRAS PRECIOSAS

No dia a dia sob olhares vigilantes,

Elas passam despercebidas e invisíveis.

São mudas ou perderam a voz?

Nenhuma coisa nem outra,

Estão ocultas porque são

Apenas, mulheres.

Ali não são almas gêmeas,

Nem tão pouco conselheiras.

Não podem mostrar o sorriso,

Nem ser cúmplices ou companheiras.

Uma e duas... Quatro e cinco.

Entram sorrateiras,

Sedentas ou famintas,

Buscam com ânsia as letras

Tirando o véu que aperta,

Machuca, sufoca.

Inocentes, brilhantes,

Pedras brutas ou diamantes.

Mostram o rosto

Quais rosas em fileiras.

Abraçam o que lhes é negado:

Voar por entre as páginas

Que transpassam as fronteiras.

Ter acesso a instrução

É dever no mundo inteiro?

Porém, ainda há lugar,

Que condena o livreiro!

20/08/12

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 20/08/2012
Código do texto: T3839942
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.