PENSANDO COM A AQUARELA
Não quero ver você roxo de raiva
Ou dizendo que amarelou,
Ou que você ainda é verde
E que de vergonha avermelhou.
Não quero ver o seu mundo cinza
Ou dizendo que as coisas estão pretas,
Pois lhe fizeram um laranja
E que azul mesmo só a tinta da caneta.
Desejo-lhe a vida cor de rosa,
Com nuvens brancas, airosas
E seus pés firmes no marrom.
E que possa sonhar oliva, turquesa, lilás...
Sem obrigação que não satisfaz,
Com liberdade de escolher o tom.