Invisíveis

Ao redor de grandes multidões,

O cotidiano em plena correria,

Vejo as almas vazias sem corações

Morrendo um por um a cada dia

Paralisado observo cada avenida

Carros e motos são velozes,

Dentro de nós o silêncio homicida

Sempre serão nossos algozes!

A cidade é a floresta de concreto

Como ao buquê mortas flores,

Cada um de nós, o simples objeto

Perdemos nossos reais valores

Somos nas metrópoles mercadorias

Dentro de conflitos interiores,

No ranger dos dentes as sinfonias

Das solidões e seus temores

Escondemos os rostos nos capuzes,

Ouvindo música e noticiário,

Carregue você mesmo as suas cruzes

O regime egoísta carcerário!

Cada um se se fecha por completo

Em seu mundo de aspereza,

Sentindo a falta do verdadeiro afeto

Em troca da falsa gentileza

Não passamos de vultos carentes,

A esperar situações previsíveis,

Presos a mesquinhez das mentes

Por isso seremos invisíveis!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 15/08/2012
Código do texto: T3831076
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