ENTRE A RAZÃO E A ANARQUIA

Já fiz muito verso a noite

Mas fiz muito mais de dia

Fiz verso em dias de chuva

E em dias de ventania

E já fiz muito verso bom

Mas também muita porcaria

Sou mescla de tudo aquilo

Que existe no nosso mundo

E trago dentro da alma

O conhecimento profundo

Da evolução que se processa

Em nós a cada segundo

Sou bem do jeito que sou

E isto me da alegria

Vivo entre o bem, e o mal

Entre a razão, e a anarquia

Pois entre o céu, e o inferno

Meu verso é um marco, uma guia

A tristeza no meu corpo

Se ela nascer não se cria

Paguei o que devo ao diabo

E com Deus eu ando em dia

Por que dever pra estes dois

É se meter numa fria

Não faço aos outros aquilo,

Que pra mim não gostaria

Pois se colhe o que se planta

É o que algum sábio diria

E é das coisas mais simples

Que nasce a sabedoria

Nascer, viver, e morrer

É o certo, alguém já dizia

Mas se a alma deixa o corpo

Traz dor, tristeza, e agonia

Pra aqueles crentes, descrentes

Que vivem só de heresia

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 14/08/2012
Código do texto: T3830051
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