POÇOS DE VIDA

Cada pessoa é um elo

Formando a corrente forte

Que une de leste a oeste

Do extremo sul ao norte

Este Brasil columbino

Deixado ás margens da sorte

Quando sede e fome, assolam

Nossa carcaça mortal

Só um cristo contemporâneo

De integridade moral

Pra unir o povo sofrido

Em torno de um ideal

Abrir poços no nordeste

E na aridez do sertão

Prova que pouco “cascaio”

Faz brotar água do chão

Pra irrigar a esperança

Que há em cada coração

Pra erradicar a miséria

Não existe outra saída

Vamos unir nossas forças

Gerando a seiva da vida

Devolvendo aos nordestinos

A dignidade perdida

E a água vinda da terra

Para os irmãos nordestinos

Que desprovidos de tudo

Vagavam em desatino

É um facho de luz aceso

Traçando novos destinos

Com bom senso, e pouca grana

Há poços de vida abertos

Se a elite dobrar a espinha

Vai seguir nos rumos certos

E haverá um tapete verde

Cobrindo os mortais desertos

Cada um fazendo um poço

Não vai pesar pra ninguém

E podes crer, meu irmão

Que o retorno de Deus vem

Além da plena satisfação

De ajudar quem nada tem

Sou do sertão nordestino

Cabra macho, sim senhor

Se morrer, morro sorrindo

Mas sem dar mostras da dor

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 14/08/2012
Código do texto: T3830023
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