MENINOS DE RUA
Quando ele chega em casa
O seu pai embriagado
Espanca-lhe adoidado
E lhe manda sair pedir
Ele então vai para as ruas
E alguma turma lhe pega
Daí leva outra esfrega
E corre sem ter aonde ir
Até que é agarrado
Por alguém de cassetete
Que lhe enche de porrete
E depois lhe manda sumir
Ele não vai agüentar
Um viver tão masoquista
Ta meio tantã da idéia
E garanto curto das vistas
De tanto ele apanhar
Sem ter porque merecer
Ele é um menino de rua
Mas não é assassino
E o coitado não tem culpa
Se o seu cruel destino
Resolveu assim tão cedo
Fazer-lhe tanto sofrer
Ele precisa de escola
Onde ele possa estudar
Um prato de arroz e feijão
Pra poder se alimentar
Uma família pra lhe amar
E não para lhe bater
Seu Doutor estenda a mão
E atenda aos apelos meus
Adote um menino de rua
Como se fosse um dos seus
Que eu daqui peço pra DEUS
Aliviar tanto padecer