MENINOS DE RUA

Quando ele chega em casa

O seu pai embriagado

Espanca-lhe adoidado

E lhe manda sair pedir

Ele então vai para as ruas

E alguma turma lhe pega

Daí leva outra esfrega

E corre sem ter aonde ir

Até que é agarrado

Por alguém de cassetete

Que lhe enche de porrete

E depois lhe manda sumir

Ele não vai agüentar

Um viver tão masoquista

Ta meio tantã da idéia

E garanto curto das vistas

De tanto ele apanhar

Sem ter porque merecer

Ele é um menino de rua

Mas não é assassino

E o coitado não tem culpa

Se o seu cruel destino

Resolveu assim tão cedo

Fazer-lhe tanto sofrer

Ele precisa de escola

Onde ele possa estudar

Um prato de arroz e feijão

Pra poder se alimentar

Uma família pra lhe amar

E não para lhe bater

Seu Doutor estenda a mão

E atenda aos apelos meus

Adote um menino de rua

Como se fosse um dos seus

Que eu daqui peço pra DEUS

Aliviar tanto padecer

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 13/08/2012
Código do texto: T3828314
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