CRIANÇAS DE RUA
Me Dói no fundo da alma
Ver as crianças nas Ruas
Descalças, pedindo esmolas
Famintas, e semi-nuas
Dormindo entre os escombros
Das casas abandonadas
Alguns andrajos no corpo
Entre jornais, e mais nada
A cena triste é chocante
Causa-me dor, e arrepio
Ver tanto inocente a esmo
No rigor do inverno frio
Varando a noite perdidos
No vicio e prostituição
Furtando, ou entre lixeiras
Catando restos de pão
Pobres crianças de rua
Esta questão palpitante
Origina-se na miséria
E nos órgãos inoperantes
Mas este quadro de dor
Que horroriza nosso mundo
Talvez acorde o bom senso
Que dorme em sono profundo
Pra que seja libertado
O dom da solidariedade
E com as graças de Deus
Se mude esta realidade
Porque a sociedade é um lar
Com os seus contras e prós
E estas pobres crianças
São filhos de todos nós
A não ser que nós o povo
Acenda a luz no presente
Clareando as trevas morais
Que habitam cada inocente
O futuro vai ser negro
E a natureza já chora
Pois não se vê um amanhã
Nestas crianças de agora