CRIANÇAS DE RUA

Me Dói no fundo da alma

Ver as crianças nas Ruas

Descalças, pedindo esmolas

Famintas, e semi-nuas

Dormindo entre os escombros

Das casas abandonadas

Alguns andrajos no corpo

Entre jornais, e mais nada

A cena triste é chocante

Causa-me dor, e arrepio

Ver tanto inocente a esmo

No rigor do inverno frio

Varando a noite perdidos

No vicio e prostituição

Furtando, ou entre lixeiras

Catando restos de pão

Pobres crianças de rua

Esta questão palpitante

Origina-se na miséria

E nos órgãos inoperantes

Mas este quadro de dor

Que horroriza nosso mundo

Talvez acorde o bom senso

Que dorme em sono profundo

Pra que seja libertado

O dom da solidariedade

E com as graças de Deus

Se mude esta realidade

Porque a sociedade é um lar

Com os seus contras e prós

E estas pobres crianças

São filhos de todos nós

A não ser que nós o povo

Acenda a luz no presente

Clareando as trevas morais

Que habitam cada inocente

O futuro vai ser negro

E a natureza já chora

Pois não se vê um amanhã

Nestas crianças de agora

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 13/08/2012
Código do texto: T3828289
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