Drogas, atalhos para o nada...

Estrada que não chega a lugar algum
Apenas conduz as fantasias
Apenas leva para labirintos
Transformando em ilusões e falsas alegrias.

Medos que tentam ser atenuados
Por sentimentos ou ressentimentos encobridos
Medos que procuram ser escondidos
Como se esconder pudesse ser acabado.

Fugas que se tenta a todo instante
Imaginando que se pode dela fugir
Mas que num tempo perto ou distante 
Vê que não fugiu e ainda está a se destruir

Drogas, uma maneira de criar ou materializar ilusões
De expressar inconsciente rejeições
Mas, que no final como sobra
Perdeu-se na estrada, não venceu o medo,
Não fugiu, apenas inutilmente se consumiu.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 15/02/2007
Reeditado em 15/02/2007
Código do texto: T382599