BALA PERDIDA

Parecia tão doce,

Sabor de hortelã,

Caiu d’uma viga;

De cima da laje,

Ele vê a imagem,

Envolta em formigas.

A linha da pipa,

Na ponta da ripa,

Ele amarra e pula;

Era o doce que tinha,

Parecia tão docinha!

Entenda! Não é gula!

Envolta em poeira,

Na água da torneira,

Ele dá uma sacudida;

Então, ele volta pra laje,

Na mente a imagem,

Da bala, quase perdida!

Na mente a imagem,

Na boca o doce,

Com sabor de hortelã;

Na alma a esperança,

De tão pobre criança,

Estar viva amanhã!

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 10/08/2012
Reeditado em 10/08/2012
Código do texto: T3824261
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