Mansão verdadeira
Casa periférica
Opaca sem cor
Em destaque o preto
Às vezes o marrom
De paredes rachadas
Telhado furado
Sem fotografias
Sem quadros
Sem passado
Janelas pequenas
Portas abertas
Recebem com um sorriso
O visitante amigo
Café de pobre
No copo que é pote
Num sofá improvisado
Feito de caixote
Hospitalidade que enobrece
A eterna pobreza
Mais daqui não leve:
O teto;
A parede;
O esgoto aberto
Os ratos;
Leve o sorriso;
O carrinho ;
E o puro abraço