Mansão verdadeira

Casa periférica

Opaca sem cor

Em destaque o preto

Às vezes o marrom

De paredes rachadas

Telhado furado

Sem fotografias

Sem quadros

Sem passado

Janelas pequenas

Portas abertas

Recebem com um sorriso

O visitante amigo

Café de pobre

No copo que é pote

Num sofá improvisado

Feito de caixote

Hospitalidade que enobrece

A eterna pobreza

Mais daqui não leve:

O teto;

A parede;

O esgoto aberto

Os ratos;

Leve o sorriso;

O carrinho ;

E o puro abraço

guido campos
Enviado por guido campos em 15/02/2007
Código do texto: T382311
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