Ode a Barbaridade

Possuímos um gene dominante

Esse faz do ser ignorante

E todo que for diferente, mesmo que não queira

Há de ter lugar garantido em uma bela fogueira

Somos os criadores da ordem caótica

Vemos no absurdo verdadeira lógica

E tornamos da pura donzela relutante

Na mais fogosa prostituta amante

Plantamos árvores no meio do concreto

Jogamos escravos de nossos barcos em mar aberto

Salvamos os culpados do apuro

Nos vangloriamos por ter o sangue puro

Fazemos nossas obrigações como se fosse por caridade

Dizemos o que é ou não pecado, somos donos da verdade

E você que consome nossos produtos é quem sustenta tudo isso

Não se faças de inocente, não passas de gado submisso