Síndrome

 
Ai de mim que vejo o mundo inteiro num frenesim...
Ai de mim que me perturbo o tempo todo
E não entendo o porquê de um 
Mundo tão imperfeito assim
 
Ai de mim!
 
Ai, o mundo é grande e indiferente, pai!
Meus olhos tolos, minhas tão trêmulas e curtas,
Não alcançam o mundo mais!
 
Ai de mim que assisto ao caos... A este pandemônio
E não me conformo, logo, padeço
às portas de um manicômio!
 
Ai de mim, por não entender tanta gente ruim,
Tantas mortes, tantos ais e tanta fome...
Síndrome sem cura!
Eu já sinto um asco do mundo,
Que vasto em maldade, jaz...
 
Porém, eu te peço, mesmo assim:
Olha, pai, olha para este
mundo doente e sem paz;
Olha sim!
 

Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 05/08/2012
Reeditado em 06/08/2012
Código do texto: T3814635
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