Síndrome
Ai de mim que vejo o mundo inteiro num frenesim...
Ai de mim que me perturbo o tempo todo
E não entendo o porquê de um
Mundo tão imperfeito assim
Ai de mim!
Ai, o mundo é grande e indiferente, pai!
Meus olhos tolos, minhas tão trêmulas e curtas,
Não alcançam o mundo mais!
Ai de mim que assisto ao caos... A este pandemônio
E não me conformo, logo, padeço
às portas de um manicômio!
Ai de mim, por não entender tanta gente ruim,
Tantas mortes, tantos ais e tanta fome...
Síndrome sem cura!
Eu já sinto um asco do mundo,
Que vasto em maldade, jaz...
Porém, eu te peço, mesmo assim:
Olha, pai, olha para este
mundo doente e sem paz;
Olha sim!