MORADORES DO TEMPO
ANDO PELAS RUAS E VEJO MISÉRIA,
FOME E DEGRADAÇÃO;
PESSOAS CHORANDO, DESEJANDO A MORTE
POR NÃO ENCONTRAREM NA VIDA UMA SOLUÇÃO.
SÃO VISTAS DE COSTAS
SEM QUALQUER ATENÇÃO,
REJEITADAS PELA SOCIEDADE
QUE NEM SE QUER LHES ESTENDE A MÃO.
AS LÁGRIMAS SÃO INEVITÁVEIS,
O DESESPERO, NATURAL;
A DOR DE VEREM SEM PÃO SEUS FILHOS,
É UMA DOR SEM IGUAL.
PELAS RUAS ELAS VAGAM
À PROCURA DE ALIMENTO;
TODOS DIZEM NÃO E SE AFASTAM,
MALDANDO O MAL INTENTO.
VAI TRABALHAR! É O QUE FALAM,
MAS NEM SE DISPÕE A AJUDAR;
SÓ SABEM TAPAR OS OLHOS,
QUANDO PODERIAM ENSINÁ-LAS A MUDAR.
JULGAR É MUITO FÁCIL
QUANDO NÃO SE ESTÁ NO PROBLEMA;
EU QUERO VER JULGAR FERIDO
PASSANDO PELO MESMO DILEMA.
NOTA: OBRIGADO pela VISITA, DILETO leitor. Peço-lhe que deixe seu COMENTÁRIO. Isso muito me HONRARÁ e me ALEGRARÁ.
FIQUE BEM e seja muito FELIZ. Receba um FORTE, CALOROSO e RESPEITOSO ABRAÇO deste amigo, poeta Rogério Ramos, o escritor da liberdade.
RIO DE JANEIRO, 15/04/1995 – 03h40minhs.