ESCOLA BASTARDA
ESCOLA BASTARDA
Afluem dos beiços da eucarística malícia
Os uivos dos azorragues de leis em milícia
Profanada com volúpia pelos deuses protervos
Senhores eleitos da “Brasília” de seus servos!
Nas antecâmaras sombrias da luxuria parlamentar
Há ecos de um sistema abjeto e esdruxulamente ofídico.
Quadrienalmente palanques ganem a jura do sifilítico
E o povo harto de tanta infâmia passa a se acostumar.
O controle de natalidade formará as crias da juvenil decrepitude
Com a culminância de uma nação aprendendo a má virtude
Na escola bastarda do sublevantamento da vacuidade.
Havemos de ver a alfabetização aluir-se-lhe profissional
Para que o atavismo faça-se a catedral do bem material
E para que o ocíduo íncola continue vivendo na sua orfandade.
CHICO DE ARRUDA.