VASTO JARDIM SEM FLOR...
Dos luxuosos tronos de seus opulentos palácios,
Encobertos por dourados e valiosos ternos...
Inescrupulosos seres revestidos em abundância
Descolorem nossos ingurgitados rebentos!
Propondo nudez ao lábaro desta nação incubada,
Subtraindo-lhe, seu decoro, a ordem e o progresso!
Desprezando sua honra na proeminência de suas cores,
Desnorteando-a, a se adornar por toda eternidade!
Hoje atenuada, sobrepujada por deslealdade,
E transgredida por algumas criaturas agnósticas,
Apenas traduz em seu íntimo sem cor, dores...
Consternação transplantada em seu álveo!
Espalhados aos bandos, funâmbulos indivíduos...
Desapossados introvertidos e desfeitos de fatuidade,
Nobres íncolas encobertos por tão majestosa modéstia,
Espreitam a nova edição à procura de alguma veracidade!
Com seus olhares enfadados, consumidos e já sem cor,
Repassam atentamente as páginas agregadas à sua dor!
Desvairados, enfermos e desarrimados, sobrevivem do aferro,
Pelas as inconseqüências cominadas a vastidão deste jardim sem flor!
Jul-2012