"CHAGAS DA POBREZA"
-Vem pra dentro, menino, é hora do almoço!...
Traga logo a farinha, que é do teu gosto...
-Mãe, todo dia, só arroz, farinha e feijão?...
Não tem aí por acaso um pedacinho de pão?...
Essa cena (não é sena) é rotina maior,
Acontece todos os dias, na camada menor,
Dentro de alguns metros quadrados, por moradia,
Com toda família, inclusive o cão, o gato, a tia...
Comprimida de espaço, até para respirar,
Sempre fica sentindo falta de ar,
Consolados na dor de serem a maioria.
São os esquecidos do mundo, é questão social,
Pois a vida está cara, até o patrão anda mal,
E não pode mudar nada, nem fazer alforria...
(ARO. 1991)
Traga logo a farinha, que é do teu gosto...
-Mãe, todo dia, só arroz, farinha e feijão?...
Não tem aí por acaso um pedacinho de pão?...
Essa cena (não é sena) é rotina maior,
Acontece todos os dias, na camada menor,
Dentro de alguns metros quadrados, por moradia,
Com toda família, inclusive o cão, o gato, a tia...
Comprimida de espaço, até para respirar,
Sempre fica sentindo falta de ar,
Consolados na dor de serem a maioria.
São os esquecidos do mundo, é questão social,
Pois a vida está cara, até o patrão anda mal,
E não pode mudar nada, nem fazer alforria...
(ARO. 1991)