Pelas janelas da vida...

Sentadas no meio-fio da calçada

Sujas, com roupas maltrapilhas

E olhares vazios, elas aguardam

Por um pequeno sinal de socorro

Que as façam participar

De uma sociedade menos egoísta.

São elas, crianças,

Que estendem as mãozinhas

Aguardando uma acolhida

Do bem, que ainda possa

Haver em nós.

São coraçõezinhos

Que apesar de apedrejados

Ainda guardam em si

A sensibilidade do amor.

São corações feridos

Que sangram, idêntico

Sangue vermelho, como os nossos.

São corações sensíveis

Que sem sombra de dúvida

Guardam mais sensibilidade

Do que os nossos corações.

Jaime Rezende Mariquito
Enviado por Jaime Rezende Mariquito em 27/07/2012
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