Testemunhas da agonia
A vida passa lentamente silente,
Horas se arrastam morosamente,
Com seus ponteiros deficientes.
É o que resta na vida desta gente.
Pensam nos momentos de euforia,
Com o silencio que sobra no dia.
São palavras frias, na noite vazia,
Nada podem dizer desta agonia.
Caminham sem saber o destino,
Buscam a felicidade em desatino,
Vivem o sonho de sedento beduíno,
Ilusão d’água brota no cristalino.
Quando enfim a manhã se acende
Sente no corpo a força emergente
Como uma luz no túnel do descrente
Renasce a esperança novamente.
Toninho.