Testemunhas da agonia

A vida passa lentamente silente,

Horas se arrastam morosamente,

Com seus ponteiros deficientes.

É o que resta na vida desta gente.

Pensam nos momentos de euforia,

Com o silencio que sobra no dia.

São palavras frias, na noite vazia,

Nada podem dizer desta agonia.

Caminham sem saber o destino,

Buscam a felicidade em desatino,

Vivem o sonho de sedento beduíno,

Ilusão d’água brota no cristalino.

Quando enfim a manhã se acende

Sente no corpo a força emergente

Como uma luz no túnel do descrente

Renasce a esperança novamente.

Toninho.

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 22/07/2012
Código do texto: T3792115
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