Olhos da guerra
A miséria humana exposta,
nua, crua.
Anos de exposição à dor, ao lamento,
à fome, à guerra.
O que isso pode causar ao menino que, se viver,
tornar-se-á homem?
Quem tem as respostas para a crueldade humana?
A carne rasgada doerá menos que o espírito estraçalhado?
Quem sabe?
Talvez aqueles que só têm olhos de tanta fome,
olhos que vêem tudo à flor da pele...
olhos inconfundíveis...
janelas de grandes almas...
olhos dos que teimam em não deixar morrer a esperança.
domingo, 21 de outubro de 2001
Poema publicado na seção Dos leitores da edição nº 324 de março de 2002 da Revista Mundo Jovem
também publicado no blog: ethelmonica.blogspot.com