Perfeição Incômoda
Têm horas que a perfeição chega a doer no ego
E faz com que tudo que se acredita se desmorone
E todos os encantos com o pouco se esvaem
Nada sobra das sobras de um incentivo
Chega a hora em que não se vê nada além disso
E que machuca lá no peito com pontadas intensas
Toda essa perfeição que aos olhos se contemplam
Dessas vidas tão cheias de vazio e superficialidade
Tem horas que tudo isso incomoda e perturba
Tem horas que as bases não sustentam e sucumbem
E chega a hora em que o silêncio cede lugar às lágrimas
Acompanhadas com soluços teimosos e descontrolados
Chega a hora em que se percebe que todo esse espetáculo mau feito
Não conduz a nada além de promoção própria
Tudo é cheio de nada
E o vazio mais sobra na carcaça perfeita