Crianças na escuridão

Tantos olhinhos à espreita

Tantos rostinhos na escuridão

Na cidade não há luz

Tudo já se apagou

Não há carinho, calor, nem pão

Crianças que se perdem

Se perdem de casa, da infância

Há tanta hipocresia

E tanta criança de barriga vazia

Tantos risos na escuridão

Abafados pela noite, pela dor

Tantos anjinhos querendo voar

Querendo viver

Querendo um lar

Quanta infância roubada

Quanto futuro usurpado

quanto sonho degradado

Há um rosto em cada esquina

Uma luz que se apaga

Todo dia, a cada dia, no fim do dia

Há sempre uma criança

e uma esperança, na escuridão

Ranny de sousa
Enviado por Ranny de sousa em 11/07/2012
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