Somos apenas humanos...

Não existe amor na cidade

Entre os prédios de concreto,

Nem espaço para a saudade

Um tempo pro real afeto

Pelas ruas e nas avenidas,

As pessoas correm em vão

Não vêem as rosas floridas,

Nem se queixam da solidão

O dia inteiro na correria,

Que mecaniza todo o pensar

Já se esqueceram da alegria

Do tempo para se sonhar

Quando deitados seu dormir

O ciclo perdura vários anos

Projetam a vida no produzir

Já não são mais humanos!

Só admiram a paisagem,

De seus objetos tão materiais

Iludidos não vêem a miragem

Das suas deficiências sociais

Pelas redes de computadores

Escondem aquilo que é real

Somos todos tão amadores

De um amor puro espiritual

Perdemos aquilo que fazia

Ser valoroso um doce sorrir

Agora só a ilusória fantasia

É o que sustenta seu existir

E quando já não há alegria

Nas drogas e psicotrópicos

Refugiam-se na psiquiatria

A realizar sonhos utópicos

O fim é a perca da identidade

Não encontrar um caminho,

Mais vale a intensa felicidade

Do que viver tão sozinho

Guarde toda a sua essência

Longe do seu cotidiano,

O amor é uma sábia carência

Para todo o ser humano.

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 05/07/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3761753
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