Furo.

E retorce, brandamente.

Um laço amarrado, apalpado, quente.

E amassa, devagar.

Uma rotina enfadada, sem luar.

Moro num lugar onde o sol brilhar é uma maldição.

Onde há crianças debaixo da ponte.

E tudo em marrom parece um grande vão.

A placa do motel brilha pela metade.

E umas casas abandonadas, enfeitando a cidade.

Uma lágrima, duas lágrimas e minha angústia apertada.

Acordo chorando e tudo se movendo, e tudo me sugando.

Agridoce Vermelho
Enviado por Agridoce Vermelho em 01/07/2012
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