Verde e amarelo

Catou o lixo, juntou um filho, situação.

Rangeu os dentes, mordeu a boca, exploração.

Trouxe as joias, vendeu a coca, o violão.

Sambou na praça, riu com a vida, de sua história.

Bebeu o rock, dançou o pop, vendeu a prosa.

Fez boca livre, virou os olhos, mudou a hora.

Aburguesou todo imposto, meteu o dólar.

Matou o filho, no hospital, e na escola.

O professor, salário mínimo, e a trajetória.

Com o seu terno, lustre e tradição,

Todas as cores, ordem e progresso,

É papelão!

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 30/06/2012
Reeditado em 16/08/2013
Código do texto: T3753300
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