DECLARAÇÃO INTERMITENTE

Eu solenemente prometo

A promessa maior de todos prometida

Solenemente prometo fazer promessas

E delas ser a mais esquecida

Eu solenemente declaro

A declaração dos séculos inventada

Solenemente declaro a mentira deslavada

E delas minha alma embelecida grita: É CARNE.

Eu solenemente e ardentemente exalo

Que dos quatro cantos de todos quatro montes

Retumbante e triunfante mostro e quero minha vontade

E querendo e mostrando nego dos outros, outras vontades

Eu solenemente e queixosa me denuncio

Denunciando e reclamando a verdade de todas

E bradando altiva e fortemente

Do meu erro me visto e das minhas falhas me calço

E solene, queixosa,

ardente, declaro na mais pura promessa

Não quero e nem posso mentir

Que sou tão diferente: SOU GENTE.

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 26/06/2012
Reeditado em 28/08/2012
Código do texto: T3746555
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