RUÍNAS...
Ruínas... No descolorido chão
De tantos sonhos desprendidos,
Por onde pousaram-se as patas...
D'um voraz e medíocre canhão!
Ruínas ao chão
E quantos sonhos demolidos...
Por onde passaram-se alegrias,
Esperança de muitos... Poder!
Mistérios... Em construção,
Tijolos sobre tijolos...
Pedras sobre pedras,
Homens vestidos... De obra na mão!
Hoje... Destroços caídos ao chão!
Lágrimas derramadas em vão...
Sorrisos tristes de ancião,
Vozes caladas... Que se vão!
Marcas de pés de botas,
Registram na terra...Os generais!
Credores d'um templo,
Aos pedaços espalhados ao chão
Mitos... Miseráveis destruidores,
De vidas!
Donos inescrupulosos das futilezas,
E do mal!
Seguindo aos mesmos... A esmo,
Contentes idiotas!
Nem mais lhe restarão os filhos,
Pois hão de pagar pelo mesmo!
Ruínas vermelhas ao chão...
De tantos sonhos esquecidos!
Por onde as revoltas pisam,
Vida é esperança...
Nos punhos de um varão!
Dez-2003
Autor: Vallter Pio dos Santos