SEM RIMA 202.- ... Ai! ...

Inezteves envia hoje, 19/06/2012, ao "Recanto das Letras" o texto de humor que intitula "Ai... Ai coitadas" (Código do texto: T3732429):

Certa vez, há muito tempo atrás,algumas pessoas quiseram melhorar de vida!

Mudar a sina de pobreza e socializar-se!

Desceram e subiram morro e foram às escolas públicas...

Após tantas letras lidas e tantos cifrões gastos com passagens, observam atônitas vantagens adquiridas por pseudopolíticos e seus inúmeros assessores... Verificam que não saber de nada é supervalorizado e não dizer nada é direito!

Eita mundinho torto!-Concluem elas!

E gritam:- Pare o Brasil que quero descer!...

E acrescentam:- De preferência nos paraísos fiscais!

N.A "há muito tempo atrás"... E põe tem nisso!

....................

Pensava eu continuar com alguma citação

do "Also sprach Zaratustra", sobre as mulheres

(excelente, parece, apenas o varão pode ser...):

mas fique para outra ocasião...

Porque topou-me

o texto (de humor), acima, de Inezteves que me provoca

a simplesmente afirmar: "Quão pequeno, este mundo

tão globalizado!"

O globo, de que tanto nos predicam

ser imenso e e-norme (ou fora de toda a norma racional!),

fica em globinho pequenino, se atendermos às condutas

das pessoas...

se atendermos, sobretudo, aos comportamentos

dos governantes que nos desgovernam... democraticamente

(hoje tudo são democracias, quer dizer, urnas e papéis

introduzidos nelas, sem reverência nenhuma, mas a seguir

contados e elevada essa contagem até ao céu dos dogmas

superiores e indiscutíveis).

Será certo o que meu avô, lá na pós-guerra da Espanha,

ouvi que dizia, retranqueiro* sem dúvida:

"Se queres viver feliz como me dizes,

não olhes para além dos narizes"?

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(*) "retranqueiro" adj. Que tem ou usa de retranca.

"retranca" s. f. (1) Ironia, raposaria, segunda intenção. (2) Graça intencionada no falar. (3) Pau do potro de ferrar os animais entre as duas colunas posteriores, em que apoiam as patas traseiras. (4) Pau sob o chedeiro do carro e trás as rodas que serve de freio nas baixadas. (5) Correia que passa por baixo da cauda das bestas e impede que a sela escorregue para diante. (6) Ato de dar couces. (7) Náut. Uma das vergas do mastro de mesana. (8) Tranca forte que se põe numa porta.

"De retranca": torcido, retorcido: "ao cair do muro em baixo, pousei a mão de retranca e ainda me manquei e magoei de avondo".

[de retro + anca]