POBRES APÁTICOS
Vivendo sem sintonia
Apagados à luz do dia
Estão os pobres apáticos
Perdidos na solidão
Levando seus passos vazios
Por atalhos e desvios
Sem rumo e sem direção...
São comuns como nós
E estão sempre a sós
Espalhados aos pátios
Perdidos nas ruas
Ou pelas noites nuas
Abandonados no escuro
Deste mundo duro...
Vivendo de qualquer jeito
Neste mundo imperfeito
Deitados pelas praças
Jogados às traças
Pedindo esmolas
Num canto qualquer
Destas nobres cidades
São de todas idades
Homens, crianças, mulheres...
Certos ou errados não sei
Só sei que são nossos hermanos...
Tão comuns quanto nós
São eles seres humanos
Caídos ali ou caídos aqui
Bem do nosso lado,
São os frutos dos fatos
D'um poder Hipocritariano!
Autor: Valter io dos Santos
Out-2002