SEM SAÍDA (*)
Um isqueiro, uma tragada
e a lucidez é arrastada.
Ele sente, meio dormente,
que sua mente agora mente
uma verdade sem maldade.
Saudade
do que nunca lhe veio ao encontro.
Piedade ao menino de pouca idade
que na ausência de caminhos
resolveu parar de caminhar.
Os pesadelos o fizeram parar de sonhar.
As constantes dores o impediram de procurar a cura
para esta coisa que nunca para de machucar.
É a vida
de quem já nasce sem saída.
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(*) as ausências de caminho, os meninos-de-rua, a violência imperando no país e os políticos, ao invés de pensar seriamente em Educação, pensam somente no próprio bolso.