"MEU BRASIL BRASILEIRO"
Na cidade grande,
Muita gente não vive,
Vegeta, se mata,
Sofre, chora,
A pobreza lamenta,
Vida de aparências,
Efeito cascata.
Despertam na madrugada,
O frio lhes apunhalam os ossos,
Nas ruas luzes apagadas,
Na bolsa quentinha gelada,
Saem de casa muito cedo,
Para uma nova jornada.
Em direção ao trabalho,
Muitos já estão cansados,
Pegam o ônibus lotado,
Sentar já não podem,
Pois os assentos,
Não são suficientes para acomoda-los.
Se vão de metrô,
A situação não é diferente,
É grande a correria,
Portas se abrem,
Fecham rapidamente,
O empurra, empurra acontece,
Começa a gritaria.
O pobre brasileiro,
Quer seja de pé ou sentado,
Para defender o pão de cada dia,
Viajam apertados, sufocados,
Diariamente é grande a agonia.
É grande a indignação,
Descaso no país inteiro,
Como dejetos de um grande lixeiro,
Os pobres assim são tratados,
Humilhados e transportados,
Como sardinha enlatada,
No meu Brasil Brasileiro.