Uma causa justa.

Que te valem mil olhos se não enxergas,

E tua visão e tão boa!

Qual teus ouvidos tão surdos

No entanto ouvis tão bem!

Quanto as tuas mãos que têm tamanha liberdade

E tu as deixas presas

Como fossem já mortas.

Há dias Que a fome mata,

Há dia que se mata a fome

E qual destes será o teu dia?

Que vejam teus olhos também os alheios sofrimentos!

Tu perguntas que tenho eu com isso?

Ora! Acaso estás sozinho a gira no globo azul,

E tu não reclamas a tua parte no universo das coisas,

Pois faze também um pouquinho!

Que cheguem a teus ouvidos os lamentos de outras vozes...

Quebra o que prende as tuas mãos, que elas sejam benditas...

Que elas semeiem o pão a outras...

Que sejam vivas de fato.

E abram-se a favor de uma causa justa.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 15/06/2012
Reeditado em 18/03/2013
Código do texto: T3725757
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