Abortos Sociais

O invisível: o mendigo

Todos passam,

O invisível olha...

O botão da rosa chora

O sangue se esvai...

A rosa grita de desespero,

E morre...

Sorriso se fazendo,

Passos desfeitos...

Olhar em desvendamento,

A escuridão assombra...

A água cai,

Margens desmoronam...

O diamante quebra,

O sol se perde...

A lua manca,

O céu escurece...

A terra agoniza,

A vida se revolta...

O vulcão cospe,

O vento silencia...

Sociedade:

Criminosa resguardada pelas leis.

Em sua estrutura a nódoa

Dos abortos sociais.

Aniquila vidas, como o dia

Pari crepúsculos!

Edna Maria Pessoa

Natal-RN, segunda-feira, 11 de junho de 2012