HUMOR SEM GRAÇA

O melhor programa de humor brasileiro,

É muito sério e os artistas são verdadeiros,

Trajam-se e maquiam-se de homens sérios!

Estampam em suas faces empáfia e arrogância,

Com as quais tentam encobrir, do coração, a ganância!

O Tal programa humorístico vem de Brasília,

É encenado no Congresso Nacional - chama-se CPI!

Trata de assunto sério, mas não há quem não ri!

Os atores escolhidos pelo povo para governar,

Obtaram por outra “arte” a de o país – roubar!

Lá bandido é gentilmente convidado a participar,

Diferente de quando um pobre no banco de réu vai se sentar!

Na CPI o ator bandido é interrogado, mas, fala se quiser falar!

O pobre quando réu, meu Deus do céu, quero ver não falar!

Os brasileiros, atônitos, perguntamos: isso é humor ou terror?

E, haja indagações: por que na CPI bandido tem tanto poder?

Parece até que réu e jurado tem tudo combinado – vai saber!

O ponto forte do programa humorístico – que não tem graça,

Mas, chega a ser engraçado, é quando um deputado – enfezado,

Chama o “nobre colega” de ladrão, safado, descarado,... kkkkkk!

Às vezes, esquenta-se o clima, quase chega às vias de fato,

No plenário, só se vê deputado em frente às câmeras de TV,

Querem se aparecer, sua mentira dizer, todos querem sair na foto!

Escrevo este poema sem rir, estou triste e muito sério,

Preferia não dizer que nossa classe política virou patifaria, velhacaria!

Há exceção? Que bom! Mas, exceção não salva a Nação – o caso é sério,

Urge mudar o script, chega de humor negro! O voto, a solução seria,

Mas, há brasileiro honesto, equivocado, vendendo voto – por ninharia!