A inocência sempre acaba
A inocência sempre acaba
A inocência nunca dura
E você diz nessa sua constituição
Pra preservar nossa inocência numa puta legislação
Que ninguém segue e vê
Proíbe mil e um atos só dizendo q mal vão fazer
Sendo q a inocência nunca dura
E acaba cada vez mais cedo
Apunhalada pelas costas
Com toque doce de amargura
Ainda diz que arte é destruição
Batuque é diversão
Mas nas ruas a inocência se vai
Pela mais doce dor
Inocência pura vira perversão
Num toque de amargo sabor
Perdem a inocência
Vêem que a vida pode ser mais do que antes achavam
Passam a dar uma dança de ritmos diferentes
Vêem a vida como ela realmente é
Descobre o que realmente quer
Perca a inocência
Na mais doce dor
Perca a inocência
Com o mais amargo e desejado sabor
E agora você vem me dizer
Que arte é destruição
E falam que vão me proteger com sua estúpida constituição?
Eu creio que não
Se pra vocês artes é destruição
E vida é inocência e diversão
Caminhem por uma rua e verão
Que a inocência acaba com um simples toque de perversão
Num fogo de paixão
Num grito de violência
Numa doce dor
Num amargo sabor
E numa pura inconseqüência
(Rafaela Duccini - 27/9/2006)