ABUTRES DE GRAVATA

A Conchavos de gravatas

Eternas aves de rapina

Sobre as carcaças do povo

Se banqueteando em propinas

Por entre a miséria aguda

Das metrópoles insanas

Impera o “guanguesterismo”

Doentio, de mentes profanas

São vampiros monetários

Sugando o povo adormecido

Na sarjeta democrática

Do Ideal esquecido

E a cada ano eleitoral

Qual petizes recalcitrantes

Os eleitores renovam

Os mesmos erros de antes

Pobre povo ababelado

Que subjuga a si mesmo

Ao sepultar os direitos

Do voto que joga a esmo

Pois após cada eleição

Que nem cachorro sem dono

O povo por seus eleitos

É jogado no abandono

Assim ficam os eleitores

Outra vez a ver navios

Pois ao precisar de apoio

O seu candidato sumiu

E assim regem nosso povo,

Masoquista inveterado,

Estes clãs de oportunistas

No poder já enraizados

Os predadores famintos

No eterno dom de caçar

Na lábia detém os votos

Da “gran” massa popular

São os abutres de elite

Que batem asas ao léu

E o povo rasteja e sonha

Planar neste mesmo céu

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 28/05/2012
Código do texto: T3692554
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