ABUTRES DE GRAVATA
A Conchavos de gravatas
Eternas aves de rapina
Sobre as carcaças do povo
Se banqueteando em propinas
Por entre a miséria aguda
Das metrópoles insanas
Impera o “guanguesterismo”
Doentio, de mentes profanas
São vampiros monetários
Sugando o povo adormecido
Na sarjeta democrática
Do Ideal esquecido
E a cada ano eleitoral
Qual petizes recalcitrantes
Os eleitores renovam
Os mesmos erros de antes
Pobre povo ababelado
Que subjuga a si mesmo
Ao sepultar os direitos
Do voto que joga a esmo
Pois após cada eleição
Que nem cachorro sem dono
O povo por seus eleitos
É jogado no abandono
Assim ficam os eleitores
Outra vez a ver navios
Pois ao precisar de apoio
O seu candidato sumiu
E assim regem nosso povo,
Masoquista inveterado,
Estes clãs de oportunistas
No poder já enraizados
Os predadores famintos
No eterno dom de caçar
Na lábia detém os votos
Da “gran” massa popular
São os abutres de elite
Que batem asas ao léu
E o povo rasteja e sonha
Planar neste mesmo céu