Fogo Fátuo

Há segredos que se desvendam numa sutura

E não se ofuscam diante da imagem que fica,

Há até quem poste descaradamente uma rubrica

No sigilo idôneo da verdade que supura...

Engenhos silenciosos dizimam febris estruturas

Que se apoiam nos anelos dos padrões rústicos,

Há novelos que espirram inverdades no meio do público

E sabotam do povo a energia ingênua da sobrevivência pura...

Os males que deserdam o bem com o ópio nas estradas

Têm simbioses que apodrecem em perfídias malogradas

Nas plataformas cujos andaimes se perdem no vácuo...

Os hebdomadários circulam cheios de vitamina

Para combater a overdose que invariavelmente mina

As fagulhas peçonhentas e letais de um fogo fátuo!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 27/05/2012
Código do texto: T3690609
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