Retratos da violência
Fugiram das praças nossas crianças
Hibernam nos quartos
Não há cantigas de roda,
Bolas de meia,bonecas de louça...
Nem carrinhos na escada.
Não passam das salas,
Nossas esperanças.
Não ouvem de graça,
Os contos de fadas,
As heroínas aladas,
Morreram na raça.
Restam os heróis violentos,
São ídolos da velha tevê;
O lema: matar ou morrer
Não há o que vê,
A não ser palhaços tristonhos
E monstros medonhos.
Os príncipes, morreram com os sonhos.