Brancos de fome...
Nas calçadas das noites frias
desencantando-se do homem,
numa cruel des-poesia...
Sem sentido,sem cor...
Anestesiados pela vida,
sem amanhã ,sem fantasia...
No descaso das ruas
perambulam...invisíveis...
Entorpecendo-se pela
indiferença...
Nem pais, nem País...
Filhos de ninguém...
Anestesiados!
Brancos,negros e pardos...
Não sabem o que é o amor
Nem tampouco - ser amado...
Nas noites frias e pálidas...
Fogem da pele num cavalo alado...