PODRIDÃO

Corpos saudáveis vestem

Almas em decomposição,

Mortos para a vida interior

Brincam de deuses como se imortais fossem,

Ditadores de leis, olham de cima

A multidão que se arrasta

E sobrevive dos restos, faminta,

Como cães na mesa posta

De seus fúteis banquetes,

Matam, roubam,

Vilipendiam o patrimônio público,

Degustam a existência num egoísmo vil

Olvidando os frutos da semente putrefata,

Julgando-se eternos e esquecendo

Que nada é para sempre

Na lavoura da vida terrena.

Giustina
Enviado por Giustina em 14/05/2012
Reeditado em 08/06/2015
Código do texto: T3668095
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