Escravos Anônimos
Pela lei do Ventre Livre aboliu-se a escravatura,
Liberdade foi a tônica de um povo sofrido e infeliz,
Mensagem de amor que ainda hoje se desdiz
Pelas bocas inóspitas dos que não têm cultura.
Em situações adversativas a escravidão persiste
Tanto no seio social como nas paragens dos campos,
A delinquência humana provoca dilacerados prantos
Em comunidades que sorriem diante do que é triste.
Encontram-se camufladas causas e efeitos consecutivos
De um tear que edifica hediondos aperitivos
Em cobaias que padecem anônimos e inocentes...
É um ritual incógnito que se traduz em desgraça,
São pretos, brancos, amarelos, pardos que se abraçam
Na esperança da liberdade, pois também são gentes!