Mar de Lixo
O sol se põe no horizonte e nas montanhas de lixo,
Um senhor está sentado sobre o seu saco de reciclados,
Não se importando com os abutres, os vermes e os ratos,
Está concluindo mais um dia de trabalho no lixão público,
Aquele oceano sólido, fétido, contaminado que vem de nós.
É a sua paisagem diária, seu paraíso, o seu ganha-pão,
Sim, e ele está feliz porque aquele foi um dia lucrativo,
Está indo pra sua casa feita de lixo, ver sua esposa e filhos,
E, no dia seguinte, como de costume, voltará para o mar de lixo,
Pois é único mar que conheceu na sua miserável vida.