POETIZAÇÃO
Durval Carvalhal
Como é bonito o fogo
Que sobe da fogueira,
Como é lindo o visgo
Do fruto da jaqueira
II
Como é doce a noite
Que ameniza até as pedras,
Como fulguram as estrelas
Do alto céu infinito
III
Que belo colírio verde
Limpam os sujos olhos
Da mulher que mata a sede
Na roça mãe dos filhos
IV
Que negam na Terra
A força suprema,
A incômoda quimera
Daquele que teima...
V
Mas o morno Sol que desaparece
Por detrás da montanha,
Transforma-se em noturna prece
Na mente do vate que sonha
VI
Com os olhos fitos no mundo,
O coração transbordante de júbilo
Andarilhando como vagabundo
Nas margens férteis do grande Nilo
VII
Como que retornando aos primevos,
Em comovente súplica ao Criador,
No afã de desmistificar segredos
Varrendo da vida o pífio terror.
Durval Carvalhal
Como é bonito o fogo
Que sobe da fogueira,
Como é lindo o visgo
Do fruto da jaqueira
II
Como é doce a noite
Que ameniza até as pedras,
Como fulguram as estrelas
Do alto céu infinito
III
Que belo colírio verde
Limpam os sujos olhos
Da mulher que mata a sede
Na roça mãe dos filhos
IV
Que negam na Terra
A força suprema,
A incômoda quimera
Daquele que teima...
V
Mas o morno Sol que desaparece
Por detrás da montanha,
Transforma-se em noturna prece
Na mente do vate que sonha
VI
Com os olhos fitos no mundo,
O coração transbordante de júbilo
Andarilhando como vagabundo
Nas margens férteis do grande Nilo
VII
Como que retornando aos primevos,
Em comovente súplica ao Criador,
No afã de desmistificar segredos
Varrendo da vida o pífio terror.