Em Uma Tarde de Domingo

Em uma tarde de domingo, tudo fluindo, bem ou mal o amargor me fazia sucumbir.

Devido os astros que refletiram nos altos céus eu me coloquei a pensar.

Meio dia se foi como as aves que em uma porção de voos recolhem-se nos amontoados de galhos.

Reflexos de um dia paralelamente monótono, me coloco a refletir, pensei: e então para onde ir?

Ai ! Como é bom escavar o solo e procurar os artefatos defasados, pois tais, têm valor inestimável.

A solução sobrevém, então em um recalque, nos laços do por vir elevo ao meu ser a arte de falar.

Daí vem os martelos e suas bigornas. Relâmpagos seguem seus trovões,

Insolentes como são, mas que impõem um respeito apavorante, pensei estar com medo.

Trombetas soam , mesmo que de vez em quando, sonhando forte com as maravilhas do saber.

Logo me vem os relances do mal feitor, que saqueia as verbas essências.

Venhamos e compremos todos os jornais, pois as noticias não os deixam mentir.

Vindo e indo somos parentes, rangendo os dentes no mármore dos palácios imperiais.

Venhamos e compremos os jornais, os editais dos Analles estão cortando os ventos do Ocidente.

Críticas nascentes no coração que chora com a dor de um ser individualista.

Ó que fim de domingo falido, fingindo ser só mais um, que mal me fez.

De dor em dor, somos refreados nos limites dos espaços tempos determinados.

Venhamos e compremos os próximos exemplares dos gibis, contendo sátiras dos que queriam nos jogar na sarjeta.

Comprem mais um, pois o pergaminho que contém a diretriz do tesouro escondido, foi ofuscado e trancado a sete chaves.

Querem que fiquemos todos calados, sentados de forma apática.

Dorme agora, pois temos de acordar bem cedo, as programações jamais serão subjugadas ao conceito de fatores errôneos.

Vêm e vão os senhores com seus paletós e suas finas gravatas, compradas as custas da classe oprimida.

Mais um dia assim paradigmático, estático, movido pelo agitado grito do meu ser .

Venhamos todos e compremos os últimos exemplares.

Venhamos e compremos.

ALEKSEI VALADÃO DE MACEDO.

Aleksei
Enviado por Aleksei em 01/05/2012
Código do texto: T3643806